segunda-feira, 14 de novembro de 2011

dos cheiros e vontades,

quanto de vontade os cheiros nos trazem?
aproximar, fungar, roçar.
atiçar, dizem.
bons aromas sempre trazem consigo lembranças,
algumas doces, outras um tanto azedas.
mas todas (ao menos pra mim), ingênuas.
saudades escapando às narinas.


sábado, 14 de maio de 2011


nesse misto de chuva&sol, frio&suor, saudade&esquecimento, sim&talvez,
às vezes o mar nos escapa.
ou nos inunda.

vontade de mergulhos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

' tantos rodeios pra enfim me roubar coisas que dele já são. '

escreve, pausa.
olhares irriquietos à janela, nova pausa.
e outra, outra e mais outra - até que borra as palavras já escritas com lágrimas que talvez hoje não existissem se não houvesse existido aquela quarta-feira tão quente, quarta-feira dum fevereiro que jamais esquecera.
pode-se perguntar: - e onde entra o riso nesse estória?
no coração dos desafinados, decerto.

cheia de sol, amélia.

- amélia sempre eufórica, risada estridente, magras mãos.
leva um mundo inteiro naquele sorriso largo, naquelas pernas bambas, naquela vontade sem-fim de sambar a qualquer hora, em qualquer esquina.
nada é ruína, só construção.
'desejos de beleza em profusão.'

23:24

tem hora que só pegando o trem das cores, viu?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

ai, meus carnavais.

até quando as lembranças mal vindas nos cercam?
há que se considerar sempre as páginas verdes e abstrair-se o desbotado?
sinceramente?
prefiro um grito sem propósito, ou melhor, com toda a obviedade possível.
de qualquer forma, o mundo não pára quando estamos tristes.
o tio do cachorro quente continua cozinhando salsichas,
o funcionário dos correios entrega as correspondências repletas de saudade e as contas a pagar, enquanto as meninas cochicham no pátio do colégio.
tanto faz, nada pára.
fingir não estar triste é mesquinho. sei lá, dá a ideia de que eu não posso ser fraca.
mas num começo de sábado como esse, ah, eu estou fraca.
gritar e escrever, talvez. ou nem isso. andar de bicicleta sozinha, numa ilha noutro lado do país.
depois querer uma cerveja, todos os seus amigos, doze carnavais.
a sucessão dos dias, meu caro, dela ninguém escapa.

- ah, se a gente pudesse brincar com a saudade como se brinca de carnaval.

16.01.10
01:33hrs

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

modificando a luz dessa noite,

pois bem: se não dá pra repetir certas noites, há que se inventar uma forma inédita de revivê-las.

nada que uma falta de juízo não resolva.